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Svalbard, Noruega
No ano que a ONU proclamou ser da luz, porque não buscar a mais incessante (e, quem sabe, brilhante)? O arquipélago norueguês Svalbard, a meio caminho entre a Noruega e o Círculo Polar Árctico, pode ser luz a seguir. Desde logo pelos quatro meses de dias inteiros-inteiros; quatro meses em que o sol nunca se põe no horizonte. Verdadeiras noites brancas que compensam os longos, escuros e frios invernos que, contudo, não deixam de ter o seu encanto — as auroras boreais chamam muitos “caçadores” de luzes bruxuleantes, que passam noites em branco na esperança de ver luzes multicoloridas a bailar nos céus. No próximo ano, o sol da meia-noite que rouba as trevas aos dias entre meados de Abril e meados de Agosto terá a sua Némesis a 20 de Março, com um eclipse solar total, para o qual as ilhas Svalbard são uma janela privilegiada.
E, então, quatro meses de dia para aproveitar a partir de Longyearbyen, a capital deste arquipélago polar acessível apenas por avião (de Oslo). Daqui, quando o oceano está transitável, saem cruzeiros “nocturnos” que permitem aproveitar até à saciedade a luz e vê-la reflectida na natureza agreste de planícies geladas (quem sabe patrulhadas por ursos polares) e fiordes majestosos e chegar até ao glaciar Bore — e, com sorte, ver colónias de focas sobre o gelo a apanhar banhos desse sol teimoso que se recusa a partir. Passeios de moto de neve nos glaciares e esquiar são também uma possibilidade no Verão destas paragens, onde as actividades ao ar livre incluem, por exemplo, passeios em trenós de rodas puxados por cães, de caiaque, a cavalo: para os mais aventureiros, podem ser expedições de vários dias, misturando diferentes experiências.
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Viena, Áustria
O ano de 2014 termina em grande para Viena, que conquistou o primeiro lugar no ranking de cidades com melhor qualidade de vida; e 2015 anuncia-se ainda maior para a capital austríaca, que celebra os 150 anos do seu Ringstrasse, o boulevard que abraça o seu centro histórico e permanece, até hoje, o caminho de todos os caminhos na cidade.
Mandado abrir pelo imperador Francisco José numa altura em que o império austro-húngaro parecia ser eterno, o Ringstrasse tornou-se no símbolo de uma cidade que se abria à modernidade, destruindo as suas fortalezas para se expandir no futuro. Hoje, continua a ser um eixo fundamental no trânsito citadino e é sobretudo uma passarela para uma sucessão de edifícios grandiosos e parques, numa glorificação, por um lado, do poder imperial, por outro do poder da democracia em torno do qual continua a desenvolver-se muita da vida social e cultural da cidade. O parlamento e a câmara municipal, os museus da história da arte e da história natural, a ópera, o teatro nacional, parte do palácio imperial são alguns dos edifícios que se alinham em torno dos mais de cinco quilómetros de comprimento do Ringstrasse, o anel com que o imperador selou o compromisso eterno com a sua capital, e que abrilhantou com jardins e parques como o Stadtpark, Volksgarten, Burggarten — o estado, o povo e o império.