Fugas - Viagens

  • Mahe
    Mahe Jabin Botsford
  • Islândia
    Islândia Jabin Botsford
  • Madagáscar
    Madagáscar Jabin Botsford
  • Hong Kong
    Hong Kong Jabin Botsford
  • Mumbai, Índia
    Mumbai, Índia Jabin Botsford
  • Suécia
    Suécia Jabin Botsford
  • Singapura
    Singapura Jabin Botsford

Continuação: página 2 de 10

Dois repórteres numa viagem de 34.798 quilómetros

A meio da tarde completámos o círculo e voltámos para Reiquejavique para umas belas diversões. Apanhámos o elevador para o miradouro da igreja de Hallgrimskirkja, com 74,50 metros, e sentámo-nos em bancos altos para ficar a contemplar a cascata de edifícios até ao mar, que ao mesmo tempo mantêm uma distância cerimoniosa das montanhas.

Depois, no cais, o Jabin foi para a fila do Bæjarins Beztu Pylsur, cujo nome se pode traduzir como “o melhor cachorro quente da cidade”. Quando chegou a sua vez, pediu um hot dog com tudo a que tinha direito (cebola, mostarda doce, molho de maionese) e uma Coca-Cola. Um empregado serviu o cachorro quente e colocou-o num suporte em madeira estreito no balcão. “Sinto o sabor do borrego”, disse Jabin, analisando a mistura de proteínas.

À 12.ª hora na Islândia, chegámos finalmente a uma das maiores atracções do país, a lagoa Azul. Os hóspedes do spa geotermal cumprem um ritual que inclui uma chuveirada e amaciador para proteger o cabelo. Na piscina, que deita vapor como um caldeirão, andámos-nadámos até ao bar, onde ele pediu sidra e eu recuperei energias com um sumo de laranja, cenoura e gengibre. Depois de uma passagem vagarosa por uma zona de água quente, fomos fazer um tratamento à pele e tirámos uma argila de areia branca de uns potes. Espalhei-a na cara como se fosse uma sanduíche. Um empregado aconselhou-nos a deixá-la ficar durante uns 15 ou 20 minutos. Eu deixei o dobro do tempo, contemplando o meu ar de mimo. Depois seguimos para o segundo tratamento, uma máscara de algas. Disseram-nos que a tirássemos ao fim de dez minutos. Levei a minha cara verde para um lugar menos habitado. Procurei um local sossegado ao pé de umas rochas de lava. Ainda faltavam várias horas até poder d…, por isso o mínimo que podia fazer era relaxar durante alguns minutos.

Dias 2-4: Estocolmo, Suécia

População: 9,8 milhões
Célebre por: viagens entre ilhas e ilhéus, design minimalista, ABBA, palácios reais, formas de viajar medievais.
Obrigatório ver: Junibacken, um museu dedicado a livros de crianças e personagens como a Pipi das Meias-Altas.
Obrigatório comer: almôndegas
Lembrança: o cavalo Dala

Quando entro numa loja da H&M nos Estados Unidos, pergunto-me muitas vezes se os suecos também fazem lá compras. Afinal, a cédula de nascimento desta cadeia de roupas diz “Vasteras, Suécia”. Pouco depois de aterrar no nosso segundo destino, a quase três horas de voo da Islândia, preparei-me para conhecer a verdade. Dentro da loja gigantesca no centro de Estocolmo, fingi interessar-me por padrões tribais só para espiar os sotaques dos outros. Saí com a minha resposta (sim, eles usam aquilo) e mais um par de brincos de 10 dólares a contrariar a ideia de que a Suécia é ridiculamente cara.

Estocolmo é uma cidade cosmopolita, a par de outras grandes cidades ocidentais. Os locais usam uma farda urbana, preto com preto, e envergonham os monolinguistas pela facilidade com que mudam para o inglês. Mas os suecos também seguem as tradições que eu achava que não passariam de estereótipos, e que afinal são verdade. “Como almôndegas em casa”, disse-nos o empregado de mesa em Slingerbulten. “Comemo-las a qualquer dia da semana.”

--%>