Fugas - Viagens

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Os novos desafios das melhores amigas do mundo

E, num país onde os “desportos” preferidos são comida e compras, a arte começa também a ganhar o seu lugar. Singapura não quer ser apenas a cidade dos centros comerciais — deseja expressar-se através da criatividade.

Estocolmo

Primeira capital verde europeia, em 2010, Estocolmo tem uma longa tradição na preservação da qualidade ambiental, com uma série de projectos que remontam à segunda metade do século passado — em 1972 foi palco da conferência mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, de grande importância para consciencializar a população a controlar o uso de recursos naturais. Terceira no ranking da Arcadis, a cidade que parece flutuar sobre ilhas ocupa o segundo lugar entre as que se mostram mais sensíveis aos problemas ecológicos e essa preocupação, embora visível um pouco por todo o lado, ganha maior expressão quando se erra por Hammarby Sjöstad, um bairro que é visto como a montra verde da capital, nada de extraordinário na sua aparência, mas erguido de uma forma séria, bem ao estilo da própria mentalidade sueca.

No início, Hammarby Sjöstad não era mais do que um terreno baldio industrial ocupado por ferro velho mas destinado, nos últimos anos do século passado, a abrigar a aldeia olímpica para os jogos de 2004, cuja candidatura foi derrotada pela grega. Mesmo assim, os políticos locais não cruzaram os braços e aprovaram a construção de um espaço que privilegiasse o bem-estar dos seus habitantes e que, ao mesmo tempo, reflectisse a preocupação face aos problemas relacionados com a evolução do planeta, uma decisão consciente e reveladora da capacidade de antecipação das autoridades, já que poucas cidades se focavam, no final da década de 1990, nas mudanças climáticas e nos aspectos ecológicos.

Delegações de outros países europeus e mesmo asiáticos já visitaram Hammarby Sjöstad, uma referência em matéria de bairros ecológicos, mas apenas um exemplo entre dezenas de programas definidos pelos governantes para aperfeiçoar a qualidade de vida de uma população de pouco mais de 800 mil habitantes (e quase todos dispõem de um espaço verde a menos de 300 metros do local de residência). Há já alguns anos que foi colocado à disposição destes um sistema de aluguer de carros verdes com o intuito de reduzir a utilização de veículos próprios e de emissão de gases com efeito de estufa, com a particularidade de se tratar de uma frota em que mais de três quartos funciona a biogás, a etanol ou a gasolina 95 octanas.

A pedagogia desempenha, em Estocolmo e em todo o país, um papel importante e não é de estranhar que a natureza comece a ser respeitada desde a idade maternal (com chuva, com neve ou com vento, os parques têm sempre grupos de crianças a brincarem) para garantir um futuro no qual já vive uma cidade que, pelo menos num dia de sol, vendo homens e mulheres pedalando nas suas bicicletas, muitos deles a caminho do emprego, crianças de bonitos sorrisos com a bandeira do país na mão e jovens lendo um livro deitados na relva, parece abarcar toda a felicidade do mundo.

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