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Os novos desafios das melhores amigas do mundo

Seul

A capital da Coreia do Sul, com mais de dez milhões de habitantes, lidera o sub-ranking das cidades que possibilitam melhor qualidade de vida às pessoas (entre as dez primeiras, sete são europeias, Roterdão, Hamburgo, Viena, Berlim, Praga, Amesterdão e Munique, por esta ordem, gozando da companhia de Mascate, capital de Omã, e de Montreal, no Canadá, em 9. e 10.º lugar, respectivamente), graças a um conjunto de medidas adoptadas pelas autoridades e que prometem ter continuidade até 2030.

A saúde e a educação são os indicadores que mais contribuem para a liderança de Seul, uma cidade que conta com um plano ambicioso focado em cinco prioridades: uma cidade centralizada numa vivência sem descriminação, uma cidade global e dinâmica com um forte mercado de trabalho, uma cidade cultural e histórica vibrante, uma cidade animada e segura e, finalmente, uma cidade orientada para a comunidade, com habitação estável e transporte fácil.

Arreigada à sua cultura milenária, Seul sente-se por vezes dividida entre a tradição e a modernidade, um contraste admirável que se materializa quando uma procissão ou um desfile, celebrando a história do país, tem como pano de fundo arranha-céus de vidro e metal, como a imponente torre de Jongno, erguida em 1999 para abrigar a bolsa de valores da capital sul-coreana.

Mas a cidade, embora respeitando esse passado, não dorme à sombra dele — o programa definido pelas autoridades prevê também acções para fortalecer a identidade de Seul, a competitividade a uma escala global, o desenvolvimento e a inovação de forma a garantir um ambiente mais saudável à população, a exemplo do que aconteceu em Cheonggyecheon, um canal que, face ao crescimento económico da cidade, rapidamente se tornou num esgoto no último quarto do século passado, quando sobre ele foram construídas auto-estradas que no início eram vistas como símbolo de industrialização e, mais tarde, conscientemente, como arquétipo da degradação urbana.

Os pilares mantêm-se, para que a memória não se apague, mas a auto-estrada elevada foi destruída em 2003 e grande parte do betão reutilizado para a construção de um parque com uma extensão de quase seis quilómetros, ocupando uma área total de 400 hectares por onde se passeiam milhares de habitantes aos fins de semana, olhando os peixes que voltaram às águas do riacho e escutando o silvo alegre dos pássaros.

Um museu, inaugurado em 2005, traça a história do Cheonggyecheon, um painel com mais de 5000 azulejos retrata uma procissão do rei e, se olhar para o lado oposto, descendo as escadas depois de errar pela Cheonggye Plaza, seguramente que sentirá prazer em escutar o marulho da água da cascata onde é a fonte do rio e que marca o início de um projecto de revitalização de uma área até há pouco tempo com elevados índices de poluição.

Seul, mais do que nunca preocupada com o grau de satisfação dos seus habitantes, é uma cidade cada vez mais ecológica. E quase uma centena em meia de projectos, em 13 bairros, estão em curso. Para a tornar ainda mais sustentável.

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