Fugas - Viagens

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    Monsanto Adriano Miranda
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    Monsanto Adriano Miranda
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    Monsanto Adriano Miranda
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    Sortelha Nelson Garrido
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    Sortelha Nelson Garrido
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    Sortelha Nelson Garrido
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    Castelo Mendo Nelson Garrido
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    Castelo Mendo Nelson Garrido
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    Castelo Novo Sérgio Azenha
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    Linhares da Beira Paulo Ricca
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    Linhares da Beira Paulo Ricca
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    Almeida DR/Aldeias Históricas de Portugal
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    Belmonte DR/Aldeias Históricas de Portugal
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    Marialva Paulo Ricca

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De Belmonte a Castelo Novo, pelos caminhos de Portugal

Junto à entrada principal para a fortificação, a tarde de domingo vai já bem regada na Associação dos Amigos de Linhares. Um lar de idosos abriu hoje portas na aldeia e ao balcão do café oferecem-se as fatias de carne que sobraram do almoço de inauguração. Sempre dá para tentar enganar os copos de ginginha e aguardente caseira. Atrás do balcão está Paulo Cardoso, 33 anos, que este ano se estreia nestas andanças e junta mais um biscate à “série de part times” que o ocupam no resto da semana.

A tasca da associação “só abre ao domingo” e todo o lucro angariado serve para ajudar a “patrocinar a festa de Santa Eufémia”, que se celebra no final de Agosto, conta. Os conterrâneos emigrados nos Estados Unidos sempre enviam algum dinheiro e quem vive em França traz mais algum quando chega de férias. À sexta-feira, o “Totoqueijo” dá uma ajuda. As apostas marcam-se no quadro atrás do balcão e quem tiver escolhido “o quinto número do Euromilhões ou do Totoloto” leva um queijo da serra. À hora do jantar, Paulo fecha a porta e deixa-nos na esplanada improvisada. Vem recolhê-la depois, não nos preocupemos. Agora tem “de ir tratar das cabras”.

De manhã, o café O Mimoso é ponto de encontro na aldeia. A maioria das mesas é ocupada por idosos, que bebericam o café e rumam aos afazeres do dia. Gaspar, de 15 anos, gostava de ter amigos da idade dele com quem brincar na aldeia. Os outros miúdos têm a idade do irmão, Tomás, de oito anos, ou são mais novos. Estuda em Celorico da Beira e não se importava de morar perto do centro comercial para onde vão muitas vezes os colegas da escola depois das aulas. Mas a falta de movimento em Linhares também traz as suas vantagens, reconhece. “Podemos estar sempre na rua.” E fazer remates contra a muralha-baliza.

O pai, Paulo Mimoso, foi durante 12 anos presidente da Junta de Freguesia. Há sete que tem o restaurante Cova da Loba. O gosto pela cozinha, o contacto próximo com os produtores da terra e a vontade de “dinamizar Linhares” lançaram-no no mundo da restauração. “Ganho uma satisfação imensa, dinheiro nem tanto”, graceja Paulo, 46 anos. A sala está composta. Numa das mesas, janta uma família de holandeses. O bebé loiro foi o último a nascer na freguesia. “Nasceu cá, atrás das giestas, há umas seis semanas”, conta Paulo. Nos últimos anos, tem crescido o número de holandeses e ingleses a viver em comunidade junto ao leito das ribeiras das freguesias de Linhares e Figueiró. São dezenas, maioritariamente jovens, e mantêm um contacto regular com a população beirã. Para Paulo, mais tarde ou mais cedo, serão eles os futuros moradores do centro histórico.

 

Monsanto
O apogeu da construção na pedra

Monsanto é ilha de pedra num mar de campos. O “apogeu” do “engenho da construção na paisagem”, define Manuel Franco, enquanto subimos a natureza íngreme, entre ruínas e panorâmicas de cortar a respiração. Se pudermos dar uma dica, será esta: suba ao castelo pelo percurso pedestre que passa pelos Penedos Juntos e desça pela aldeia medieval. Natureza e história no seu esplendor.

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