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  • Praia da Peneda, Góis
    Praia da Peneda, Góis Bruno Simões Castanheira
  • Praia da Peneda, Góis
    Praia da Peneda, Góis Bruno Simões Castanheira
  • Bufareira no Penedo Furado, Vila de Rei
    Bufareira no Penedo Furado, Vila de Rei Bruno Simões Castanheira
  • Praia fluvial do Penedo Furado, Vila de Rei
    Praia fluvial do Penedo Furado, Vila de Rei Bruno Simões Castanheira
  • Praia fluvial do Penedo Furado, Vila de Rei
    Praia fluvial do Penedo Furado, Vila de Rei Bruno Simões Castanheira
  • Igreja em Praia de Mira
    Igreja em Praia de Mira Bruno Simões Castanheira
  • Praia de Mira
    Praia de Mira Bruno Simões Castanheira
  • Moliceiros da ria de Aveiro
    Moliceiros da ria de Aveiro Bruno Simões Castanheira
  • Aveiro, homenagem aos moliceiros
    Aveiro, homenagem aos moliceiros Bruno Simões Castanheira
  • Moliceiros da ria de Aveiro
    Moliceiros da ria de Aveiro Bruno Simões Castanheira
  • Kitesurf na ria de Aveiro
    Kitesurf na ria de Aveiro Bruno Simões Castanheira
  • Praia da Peneda, Góis
    Praia da Peneda, Góis Bruno Simões Castanheira
  • Praia da Peneda, Góis
    Praia da Peneda, Góis Bruno Simões Castanheira
  • Ribeira de Codes a caminho do Zêzere
    Ribeira de Codes a caminho do Zêzere Bruno Simões Castanheira

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Mergulhámos nas origens para voarmos pelo Verão

Góis é uma das localidades escolhidas pelos praticantes de downhill, mas não só. Pelas margens do rio Ceira, enquanto descansamos entre as sombras, há quem deslize em slide, navegue em canoa, pratique rapel… Paulo Silva, fundador da Transserrano, uma empresa de animação turística com sede nesta vila e que hoje recebe um grupo de aventureiros, trocou há 15 anos a agitação de Lisboa pelas aventuras montanhesas. Mas o seu campo de acção vai muito para lá do centro de Góis. Invade a serra da Lousã com caminhadas, algumas sazonais, como a que acontece em Setembro, por altura da estação da brama, quando ocorre o acasalamento dos veados (mesmo ao entardecer ou antes do nascer do sol); explora as ribeiras da Pena e das Quelhas com actividades de canyoning, desporto que consiste na exploração de um rio com obstáculos verticais; ou, mais recentemente, aposta nas caminhadas aquáticas pelo leito do Ceira.

Não ficamos por aqui: pelas montanhas que nos rodeiam, pode-se fazer um pouco de tudo. Desde passeios em bicicleta, de jipe e moto quatro até subir aos Penedos de Góis e ao Cerro da Candosa, mas também voar em parapente a partir do Cabeço da Ortiga.

Claro que não é preciso ser radical para colocar a serra da Lousã entre os destinos de férias. À volta, há dez das 26 aldeias de xisto para visitar, entre as quais Aigra Nova, onde se pode descobrir o Eco-Museu Tradições do Xisto e, neste, uma série de actividades promovidas pela Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, que “procura valorizar as tradições e a cultura serrana, a par com a conservação da natureza”.

Em Aigra Nova, encontra-se a Maternidade das Árvores inserida no Eco-Museu. É que se há bem precioso pela serra é todo o seu verde que a cada Verão se sente ameaçado. Por aqui, trata-se da reprodução de espécies autóctones e, tal como acontece com alguns animais um pouco por todo o país (e aqui também com o burro), há a possibilidade de apadrinhar uma árvore. Um padrinho ou uma madrinha de uma árvore terá o privilégio de “seguir todo o seu crescimento”, assim como qualquer momento mais significativo da vida do exemplar apadrinhado. “Uma iniciativa que tem tido muita adesão”, informa Paulo com satisfação.

Mas a Lousitânea tem mais propostas para descobrir os costumes locais e até para aprender alguns ofícios. Como o de apicultor, graças à ajuda de Manuel Claro, habitante da Aigra Nova, mas que se desloca a Aigra Velha para ensinar a extrair o mel das colmeias para depois, no alambique da família Claro, ensinar o fabrico de aguardente de mel. Há ainda programas que propõem ao visitante participar no processo tradicional de fabrico da broa de milho e centeio ou nas tardes de descamisar o milho — e, neste caso, a organização “conta com a ajuda de figurantes que criam o ambiente”, relata Paulo. “É uma forma de não deixar morrer as tradições.”


A arte das pescas

À beira-mar também não se desprezam tradições. E, na praia de Mira, não fosse o mar estar tão mau, poderíamos ver o trabalho dos pescadores que procuram preservar a pesca por cerco e que, desde o ano passado, beneficiam da ajuda da Associação Portuguesa de Xávega (APX). Mas o mar mostra-se demasiado rebelde para arriscar uma saída. “Mesmo num domingo, se não fosse o estado do mar que se pode ver, estariam as cinco companhas (agremiações de pescadores) da praia de Mira no mar”, garante-nos José Vieira, presidente da APX.

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