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Produção artesanal de Queijo Serra da Estrela (arquivo)

Produção artesanal de Queijo Serra da Estrela (arquivo)

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As receitas das 21 nomeadas para as 7 Maravilhas da Gastronomia

Polvo Assado no Forno - Açores
Nos Açores as receitas de polvo abundam por todo o Arquipélago. Apesar de alguns açorianos dizerem que o polvo assado no forno não é das receitas mais tradicionais, foi a seleccionada para representar o arquipélago. Segundo informação da organização das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa o polvo assado no forno é confeccionado em todas as ilhas de um modo geral, mas é no Concelho de Ponta Delgada que, nas décadas de 1950 e 1960, atingiu o estatuto de "marca" em duas emblemáticas e distintas, casas de pasto, uma situada na Freguesia da Relva, e outra na Freguesia dos Mosteiros..
Receita

1,5 kg de polvo grado; 1 colher de chá de colorau; 1 copo de vinho tinto ou dos Açores; 1/2 copo de água; 1 cebola grande picada; 2 dentes de alho; sal e pimenta q.b.; 1 malagueta; 1 dl de azeite; 3 colheres de sopa de margarina; 1,5 kg de batata média
Amanhe o polvo e lave-o muito bem. Depois de sovado, volte a lavá-lo e separe-lhe os tentáculos inteiros. Num tacho, leve ao lume a refogar o azeite, a cebola e os alhos picados, vá mexendo uma vez por outra e, quando começarem a alourar, junte o colorau, mexa, rapidamente adicione a água e o vinho e a malagueta, junte-lhe o polvo aos raios se forem grandes. Deixe cozer o polvo quando vir que está cozido junte as batatas inteiras com um golpe e deixe coser. Mexa sempre para não pegar no fundo do tacho.
Quando vir que as batatas estão ao seu gosto, retire do lume e deito num tabuleiro que possa ir ao forno. Deite a margarina no tabuleiro por cima do polvo. Vai ao forno para alourar o polvo e as batatas. Sirva acompanhado de fatias de pão caseiro
www.gastronomias.com

Sardinha Assada - Lisboa e Setúbal
Desde o século XVI que se reconhece a importância e o valor da sardinha na PenínsulaIbérica e reza a história que, em 1855, as sardinhas de Setúbal até alcançaram menção honrosa na Exposição Internacional de Paris. E está escrito no recenseamento de peixes do litoral lusitano, realizado pelo desembargador Duarte Nunes do Leão, no século XVI: "No mesmo mar de Setúbal e no de Sesimbra, sua vizinha, há a mais sardinha e mais saborosa que se pode dar".Não há uma receita concreta, mas o método indicado é: "Puxar a brasa à nossa sardinha" é, no sentido literal e figurado, um elemento importante e determinante na confecção deste prato em Setúbal. A forma como se ateia e queima o carvão, a colocação das sardinhas com as barrigas para dentro, o assar em lume brando, dando a volta na grelha dupla, faz destas o ex-libris gastronómico da cidade. Para melhor saborear a sardinha, esta deverá ser comida em cima do pão, o qual poderá ser tostado nas brasas.
Fonte:
www.7maravilhas.pt

Carne

Chanfana - Beira Litoral
Este prato é referenciado desde o século XVII como obrigatório em todas as festas (e também casamentos, baptizados, etc.) da região da Bairrada. Maria de Lourdes Modesto diz que a carne mais indicada é a de cabra, podendo também ser confeccionado com carneiro. E refere que nunca deve ser feito no dia em que é servido, mas na véspera ou antevéspera, aquecendo-se muito bem antes de servir. De referir ainda que a Chanfana se encontra em processo de qualificação pela marca ÉQualificado®.
Receita
para 10 a 12 pessoas
3 kg de carne de cabra ou de carneiro; 150g de toucinho; 1dl de azeite; 1 colher de sopa de banha; 1 cebola; 5 dentes de alho; 2 colheres de chá de pimenta; 1 colher de chá de colorau; 1 ramo de salsa; ½ folha de louro; sal; noz-moscada; 1 a 1,5 litros de vinho tinto da Bairrada.
Corta-se a carne em bocados, que se colocam num tacho preto de barro de Molelos. Juntam-se todos os ingredientes citados, à excepção do vinho, que apenas deve ser o suficiente para cobrir a carne. Como norma, tendo forno de pão, aquece-se este como se fosse para fazer broa de milho, isto é, bastante forte.Introduz-se a caçoila tapada e "esquece-se" até o forno esfriar, o que leva entre 4 a 5 horas. A meio deste tempo, convém verificar se é necessário adicionar mais vinho. Não se dispondo de um forno de pão, coze-se a chanfana no fogão, que deverá ser aquecida até ao máximo da sua potência meia hora antes de se introduzir o preparado. Antes de comer aquece-se bem a chanfana e serve-se na caçoila em que cozeu, com batatas cozidas em água e sal à parte.
Fonte: Cozinha Tradicional portuguesa de Maria de Lourdes Modesto, ed.Verbo

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