Fugas - Viagens

Enrique Marcarian/Reuters

Continuação: página 10 de 10

Viagem à volta dos mundos dos livros de viagens

Os ecos do ruir do fim "da expansão da fé e do império" começam a chegar mais tarde. Luandino Vieira descreve a crua realidade do colonialismo português em "Luuanda" (em 1968) e Fernando Assis Pacheco traz a guerra colonial para a metrópole em "Câu Kiên: Um Resumo" (1972), que Francisco Guedes considera "o livro mais terrível sobre a guerra em África". Entretanto, José Saramago faz a sua "Viagem a Portugal". Mais recentemente, Gonçalo Cadilhe, viajante com colaborações regulares em jornais e revistas, tornou-se um fenómeno de vendas, com obras como "Planisfério Pessoal" e "Nos Passos de Magalhães".

Como ele, outros "trota-mundos" fazem a transição dos jornais para os livros entre estes, Ana Isabel Mineiro (colaboradora da Fugas), que publicou, há dois anos, "Onde os Rios Têm Marés", uma viagem pelo Norte do Paquistão. Alexandra Lucas Coelho, grande repórter do Público, optou pelo Afeganistão: no seu "Caderno Afegão" percorremos durante um mês o país "dos talibã" e percebemos que esta designação é mais um lugar-comum avulso.

--%>