Fugas - Viagens

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    Castelo de Lanhoso Paulo Ricca
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    Castelo de Silves Paulo Ricca

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Que bem que nos ficam estas torres e ameias

Castelo de Tomar
2300 Tomar
Tel.: 249 313 481
E-mail: convento.cristo@igespar.pt
http://www.conventocristo.pt/
Horários: De Outubro a Maio das 9h00h às 17h30; de Junho a Setembro das 9h00 às 18h30 (última entrada às 18h00).
Preços: Entrada gratuita no castelo.
Convento de Cristo, €6. Bilhete conjunto Rota do Património Mundial (Alcobaça, Batalha e convento), €15. Descontos especiais.

São Jorge

Quando se levou a cabo a reconstrução do Castelo de São Jorge, nas décadas de 30 e 40 do século passado, as pessoas começaram por chamar-lhe "castelo de mentira", porque parecia surgir do nada. Na verdade, emergiu da cápsula que diversas construções ao longo dos séculos ali criaram e testemunham a polivalência do monumento português mais visitado. Limpos os "excessos", revelaram-se as fundações do século XI (do período islâmico, embora a ocupação da colina lisboeta esteja confirmada desde pelo menos 600 a.c.) e devolveu-se a coroa à colina mais alta da capital.

É para lá que subimos, pela Rua de Santa Cruz do Castelo, encaixada entre as muralhas da alcáçova e as ruelas da freguesia do Castelo: a mais antiga de Lisboa, que vive, como habitualmente, entre os turistas e as roupas a secarem nas janelas, portas abertas, gaiolas nas paredes e fado que se desprende de aparelhagens - garantimos que não é (só) cliché. E com um pé no Castelo, que para muitos foi o pátio de todos os recreios. D. Paixão entra antes de nós, cabisbaixa. "O que se passa, está cansada?", saúda a segurança. "Venho só um pouco à esplanada", responde. "A sua amiga já entrou." Vêm sempre, D, Paixão e a amiga, habitantes do Castelo e sem precisar sequer de parar na casa partida - portas escancaradas pelo cartão de residentes da freguesia - enquanto outros confundem a caixa multibanco com a venda de bilhetes.

Da Praça de Armas, D. Afonso Henriques, que conquistou Lisboa em 1147, continua de atalaia ao castelejo, ao paço real e até ao bairro residencial muçulmano, envolvidos aqui pelas muralhas da alcáçova. Começamos pelo paço régio, com as grandes abóbadas restauradas para lá da entrada sob arcos ogivais, onde funciona agora o Núcleo Museológico, feito do espólio encontrado nas escavações feitas aqui. Afinal, é este paço, que já existia em tempos islâmicos, o motivo do destaque de Mário Barroca - a partir de D. Afonso III (século XIII), que transferiu a capital para Lisboa, o castelo passou a ser residência real ofi cial (até que D. Manuel I se mudou para o Paço da Ribeira). E, como tal, foi testemunho de episódios marcantes da história nacional: as comemorações do regresso de Vasco da Gama da Índia, a apresentação da primeira peça de teatro portuguesa, para citar os mais óbvios.

No castelejo, fugimos à tentação da entrada mais fácil - até porque as nossas guias nos dizem que é uma espécie de "remendo", rasgada por motivos pragmáticoturísticos na barbacã. A original fica mais à frente e atravessamos a ponte levadiça sobre um fosso seco para dobrar a esquina impetuosa da barbacã (para evitar transição fácil) e entrar finalmente no "castelo". A música anda no ar - e não é figura de estilo: é a guitarra de Pedro Godinho, um dos músicos "residentes", que nos acompanha pelos dois pátios - enquanto caminhamos pelo adarve, que não se limita à muralha e se aventura sem "trapézio".

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