Fugas - Viagens

  • Campo Maior. Museu do Café (Delta)
    Campo Maior. Museu do Café (Delta) Rui Soares
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Campo Maior. Fábrica de café Delta
    Campo Maior. Fábrica de café Delta Rui Soares
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Campo Maior. Fábrica de cáfe Delta
    Campo Maior. Fábrica de cáfe Delta Rui Soares
  • Fábrica de café Torrié. Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Rio Tinto Adriano Miranda
  • Campo Maior. Fábrica de cáfe Delta
    Campo Maior. Fábrica de cáfe Delta Rui Soares
  • Fábrica de Café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de Café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto Adriano Miranda
  • Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto. Momento da prova
    Fábrica de café Torrié. Em Rio Tinto. Momento da prova Adriano Miranda
  • Campo Maior. Escola de Baristas Grão Maior da Delta Café. Pedro Borrego. Jovem barista (3.º classficado no Campeonato Nacional de Baristas 2011)
    Campo Maior. Escola de Baristas Grão Maior da Delta Café. Pedro Borrego. Jovem barista (3.º classficado no Campeonato Nacional de Baristas 2011) Rui Soares
  • Campo Maior. Dois cafés especiais na Escola de Baristas Grão Maior da Delta Café.
    Campo Maior. Dois cafés especiais na Escola de Baristas Grão Maior da Delta Café. Rui Soares

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O que há num café?

É por um pouco da sua história que pode começar uma visita ao Museu do Café, a dois passos da fábrica da Delta e a receber desde 1994, às portas de Campo Maior e com vista para o edifício projectado pelo arquitecto Siza Vieira para a Adega Mayor.

Feita a introdução, é tempo de identificar no mapa-múndi as origens dos grãos que, depois de serem aqui transformados, chegam às nossas casas. Sem qualquer aroma e de cor clara, nada nesta cesta cheiinha de grãos leva a crer que seja café. Mas para ter a certeza nada como uma incursão a uma mini-estufa onde se encontram as várias espécies de plantas que dão origem ao fruto cujo caroço dá todos os dias a volta ao mundo. Basta entrar e quase logo voltar a sair para perceber por que razão as transformadoras de café se vêem obrigadas a trazê-los de tão longe. A contrastar com o tempo frio e seco que se faz sentir no exterior, dentro da estufa a pele fica instantaneamente pegajosa e quem usa óculos vê-se forçado a retirá-los de imediato, tal a rapidez com que ficam embaciados.

Feita uma primeira apresentação ao meio de onde ele vem, é tempo de conhecer como os grãos se apresentam antes e após a intervenção da fábrica. Numa mesa alta com tampo em vidro, quatro divisórias mostram os grãos de características robustas e outros de características arábicas; torrados e por torrar. Distintos na cor e no tamanho, tornam-se facilmente identificáveis. A pergunta que salta de imediato é "Então qual deles dá melhor café?". Ambos e em conjunto, uma vez que se complementam, com as qualidades de um a neutralizar os defeito do outro e vice-versa.

Explicado e identificado o que origina o café, segue-se para uma incursão pela história de Rui Nabeiro que, nos séculos XX e XXI, anda de mãos dadas com a história do produto em Portugal. Tudo começou por uma pequena máquina de torrefacção, à manivela, e acabou num império que tem o seu nome espalhado por todo o país e um pouco por todos os continentes. A pequena torradeira acabaria por crescer e, com o tamanho, ganhou um motor. Assim não só se admitia um maior número de grãos de cada vez, como o processo era mais rápido, permitindo a sua repetição em menos tempo.

De máquina em máquina, o negócio foi florescendo. E, pelo museu, é possível ver como tudo começou, testemunhando a primeira "letra" de dívida, amarelada do tempo, mas suficientemente preservada para ser exibida numa vitrina e fazer parte de um espólio que inclui ainda o primeiro carro de distribuição da Delta - que o próprio conduziu em tempos. Finda a distribuição, era tempo de transformar o grão em pó e mais tarde em líquido. Por mil e uma maneiras e tantos outros engenhos. Não estarão todos aqui, mas uma boa parte das processadoras de café podem ser apreciadas: desde as de origem árabe, desenhadas e recortadas, até às máquinas que encontramos actualmente um pouco por todos os cafés, pastelarias, restaurantes...

Para o beber, a chávena é à escolha: em pau-preto, pinho, latão, porcelana ou vidro, são várias as dezenas de conjuntos de chávenas que formam uma gigantesca vitrina da exposição permanente. Por fim, como a melhor maneira de o beber é sentados, avançamos para os conjuntos de cadeiras que compõem um dos últimos núcleos da exposição e onde não falta um conjunto do mítico Majestic do Porto.

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