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    Bamberg, Jardim das Rosas Adriano Miranda
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    Catedral de Nuremberga Adriano Miranda
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    Nuremberga, onde Hitler realizava os seus comícios Adriano Miranda
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    Nuremberga, Centro de Documentação Adriano Miranda
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    Bayreuth, cervejaria Adriano Miranda
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    Em Bamberg Adriano Miranda
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    Bayreuth, a casa de Wagner Adriano Miranda
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    Em Bamberg Adriano Miranda
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Nuremberga, bem-vindos à Francónia

[consulte o guia prático para Nuremberga no final do artigo]


Bamberg
Mil anos de história transformaram Bamberg num cenário de conto de fadas 

Era uma vez… Não importa o que se vai escrever a seguir a este início típico dos contos de fadas, mas qualquer texto sobre Bamberg pode começar assim. A entidade de turismo de Bamberg escolheu a palavra “Fascinação” para associar à cidade, criada há mais de mil anos, sobre sete colinas (mas não tem nada a ver com Lisboa) e que celebra, este ano, o 20.º aniversário da sua classificação pela UNESCO como Património da Humanidade.

Em muitos aspectos, Bamberg faz lembrar uma cidade de conto de fadas, mas em nenhum lugar essa sensação se torna mais presente do que quando observamos o edifício da antiga Câmara Municipal, suspenso sobre um dos braços do rio Regnitz. Neste local existe uma ponte desde o século XI e um edifício camarário desde o século XIV. Diz a lenda que os cidadãos que viviam na zona entre os dois braços do rio, ainda hoje conhecida como a Cidade Ilha, pediram aos bispos, que governavam a Cidade nas Colinas, para lá do rio, que lhes cedessem um pouco de terreno para construírem a sua câmara municipal. Como os bispos, detentores de todos os privilégios, se recusaram a ceder um metro de terreno que fosse, os cidadãos da Cidade Ilha aproveitaram um antigo edifício que já existia na ponte e construíram aí a sua câmara.

A casa de madeira apainelada, em branco e amarelo, continua hoje, sobre o rio, estendendo-se, depois, num edifício decorado com frescos ao estilo barroco e rococó (procure a perna do querubim a saltar da fachada) e captando, assim, toda a essência do que levou Bamberg a ser distinguida pela UNESCO: uma cidade com mil anos, que manteve a sua estrutura medieval, enquanto desenvolvia um estilo barroco, que lhe foi impregnado, sobretudo, pelos bispos que governaram a cidade nos séculos XVII e XVIII. A combinação de estilos está presente por todo o centro histórico, que pode (e deve) ser percorrido a pé sem qualquer dificuldade.

A maior parte das igrejas e monumentos encontra-se na Cidade nas Colinas. É aí que fica a Catedral de São Pedro e São Jorge, que remonta à fundação da cidade, pelo imperador Henrique II, em 1007. A primeira estrutura, consagrada, em 1012, foi, contudo, destruída por dois incêndios, e o edifício actual foi concluído em 1237. “A primeira catedral a existir aqui demorou oito anos a ser construída, esta demorou mais de 50, daí notar-se a evolução de estilos”, explica a nossa guia, Carla Provazi-Fischer, uma brasileira de São Paulo casada com um alemão e que vive em Bamberg há anos.

As quatro torres da catedral oscilam, por isso, entre o estilo românico, num dos lados do edifício, e o estilo gótico, no outro extremo. No interior, os turistas fazem fila para fotografar a estátua de autor desconhecido do Cavaleiro de Bamberg (século XIII) e o túmulo do casal imperial, Henrique II e Cunigunda. É também aqui que está o túmulo do Papa Clemente II que, segundo a informação disponibilizada pela própria catedral, é “a única sepultura de um Papa que se encontra a norte dos Alpes”.

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