Fugas - Viagens

  • Bamberg, Jardim das Rosas
    Bamberg, Jardim das Rosas Adriano Miranda
  • Bamberg, Catedral
    Bamberg, Catedral Adriano Miranda
  • Catedral de Nuremberga
    Catedral de Nuremberga Adriano Miranda
  • Catedral de Nuremberga
    Catedral de Nuremberga Adriano Miranda
  • Nuremberga, onde Hitler realizava os seus comícios
    Nuremberga, onde Hitler realizava os seus comícios Adriano Miranda
  • Bamberg
    Bamberg Adriano Miranda
  • Nuremberga, Centro de Documentação
    Nuremberga, Centro de Documentação Adriano Miranda
  • Bamberg
    Bamberg Adriano Miranda
  • Bayreuth, cervejaria
    Bayreuth, cervejaria Adriano Miranda
  • Bayreuth, Ópera Margrave de Bayreuth
    Bayreuth, Ópera Margrave de Bayreuth Adriano Miranda
  • Em Bamberg
    Em Bamberg Adriano Miranda
  • Em Bamberg
    Em Bamberg Adriano Miranda
  • Em Bamberg
    Em Bamberg Adriano Miranda
  • Nuremberga, Centro de Documentação
    Nuremberga, Centro de Documentação Adriano Miranda
  • Bayreuth, Ermitage
    Bayreuth, Ermitage Adriano Miranda
  • Nuremberga
    Nuremberga Adriano Miranda
  • Nuremberga
    Nuremberga Adriano Miranda
  • Bayreuth, a casa de Wagner
    Bayreuth, a casa de Wagner Adriano Miranda
  • Bamberg, Catedral
    Bamberg, Catedral Adriano Miranda
  • Em Bamberg
    Em Bamberg Adriano Miranda
  • Em Bamberg
    Em Bamberg Adriano Miranda

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Nuremberga, bem-vindos à Francónia

No exterior, poucos passos bastam para percorrer alguns dos cenários mais famosos da cidade. O grande adro junto à catedral é o acesso para a antiga residência imperial e dos bispos (o Old Court) — que no Verão se enche de gente para assistir a espectáculos de teatro e de música — e para os edifícios dos finais do século XVII, inícios do século XVIII, conhecidos como Nova Residência. É aqui que está instalado um dos museus mais conhecidos da cidade, com as salas repletas de mobiliário do século XVII e XVIII e frescos a decorar as galerias. É também aqui que se encontra o Jardim das Rosas, um espaço com dezenas de variedades desta flor, que tornam o espaço numa amálgama colorida nos meses de Verão.

A entrada no jardim é gratuita e dali pode ver a cidade de um ponto privilegiado. Tanto aquela que se estende aos pés da colina como aquela que fica ainda mais alta, com o antigo mosteiro beneditino de São Miguel, do século XII, a dominar o cenário.

Pequena Veneza

É na colina abaixo de São Miguel que Bamberg está a tentar recuperar uma das tradições que a industrialização e o crescimento das cervejeiras fizeram desaparecer — a produção de vinho. A produção já deu frutos e o vinho branco e fresco, engarrafado nas tradicionais garrafas bojudas da Francónia, não é nada mau. Hoje, Bamberg é uma cidade industrial (a Bosch tem uma fábrica ali, que emprega mais de oito mil pessoas) e com uma grande produção de cerveja (há nove empresas a produzir cervejas só no centro da cidade), mas a zona à direita do rio ainda é conhecida como a Cidade dos Agricultores e também aí há a tentativa de reavivar velhas tradições.

Carla pega num pequeno galho de madeira e dá-nos a cheirar. “Sabem o que é isto?” Ninguém adivinha, o galho parece apenas isso mesmo — um pauzinho de madeira sem significado especial. Afinal, revela-nos, é um pedaço de alcaçuz. “O alcaçuz era o produto mais produzido na cidade, muito usado para fazer xarope, e vinham pessoas de todo o lado comprá-lo. Mas, no último século, a sua produção quase desapareceu e estão agora a tentar reintroduzi-la”, explica.

Os produtores agrícolas ainda se reúnem, de segunda-feira a sábado, num mercado a céu aberto na Maxplatz( junto ao edifício da actual câmara municipal, na Cidade Ilha), que se estende até à Fonte do Neptuno, em frente à igreja de São Martinho. Mas os verdadeiros apreciadores desta parte da história de Bamberg devem dirigir-se à Cidade dos Agricultores e visitar o Museu dos Agricultores e dos Produtores de Vinho, numa rua sossegada, não muito longe da estação ferroviária.

Nós continuamos pela Cidade nas Colinas. Espreitamos o local da antiga sinagoga, convertida em capela católica no século XV, na Rua dos Judeus, e vemos ao longe o único edifício “puramente gótico” da cidade, a Obere Pfarre, ou Paróquia de Cima, que está a ser remodelada e, por isso, se encontra fechada ao público. A igreja tem uma torre que serviu, até 1928, como ponto de vigia. “O vigilante morava lá em cima, na torre, e tudo o que entrava ali ou saía era por meio de baldes, suspensos em cordas. Diz-se que um dos vigilantes ficou tão gordo que, quando morreu, não passava na porta para as escadas, e teve de ser retirado também amarrado a cordas, pelo exterior”, diz Carla.

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