Fugas - Viagens

  • Rui Gaudêncio
  • Monumento a Camões
    Monumento a Camões Rui Gaudêncio
  • Interior do novo Centro Calouste Gulbenkian
    Interior do novo Centro Calouste Gulbenkian Rui Gaudêncio
  • Casa de Portugal André Gouveia; esta última é um projecto do arquitecto José Sommer-Ribeiro,  actualizado por uma recente intervenção de Vincent Parreira
    Casa de Portugal André Gouveia; esta última é um projecto do arquitecto José Sommer-Ribeiro, actualizado por uma recente intervenção de Vincent Parreira Rui Gaudêncio
  • O busto de Eça de Queirós, em Neuilli sur-Seine
    O busto de Eça de Queirós, em Neuilli sur-Seine Rui Gaudêncio
  • A monumental fachada art déco do Museu da História da Imigração
    A monumental fachada art déco do Museu da História da Imigração Rui Gaudêncio
  • O vereador português Hermano Sanches-Ruivo, na Câmara de Paris
    O vereador português Hermano Sanches-Ruivo, na Câmara de Paris Rui Gaudêncio
  • Librairie Portugaise & Brésilienne
    Librairie Portugaise & Brésilienne Rui Gaudêncio
  • O realizador Ruben Alves no décor principal do filme
    O realizador Ruben Alves no décor principal do filme "A Gaiola Dourada", junto ao Arco do Triunfo Rui Gaudêncio
  • Uma perspectiva da Avenue des Portugais
    Uma perspectiva da Avenue des Portugais Rui Gaudêncio
  • Comme à Lisbonne
    Comme à Lisbonne Rui Gaudêncio
  • Capa do livro que serviu de guia a esta viagem
    Capa do livro que serviu de guia a esta viagem Rui Gaudêncio

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Há muito Portugal pelas ruas de Paris

Casa de Portugal André Gouveia
Cidade Universitária -  7, Bd. Jourdan (14.º Bairro)

Começou por se chamar Casa de Portugal, quando nasceu, em 1967, na Cidade Universitária. Em 1972, passou a Residência André de Gouveia, em homenagem a um dos mais notáveis portugueses em Paris, que no século XVI foi o reitor do Colégio de Santa Bárbara, na Sorbonne — e a quem Montaigne chamou “o reitor dos reitores”. Desde 2013, é a Casa de Portugal André de Gouveia.

Na visita em que guiou a Fugas pelo edifício, a actual directora, Ana Paixão — professora de Literatura Portuguesa na Universidade Paris VIII —, chamou a atenção para a arquitectura original de José Sommer-Ribeiro, entretanto recuperada e actualizada por Vincent Parreira (2007). No hall de entrada, tem um belíssimo painel de Sá Nogueira evocativo dos Descobrimentos e uma efígie de Gulbenkian. É a homenagem à instituição responsável pela construção da residência, no início dos anos 1960, na sequência da negociação realizada com o governo francês para permitir a transferência da colecção Gulbenkian para Lisboa.

Afirmando a sua vocação universalista, e segundo os dados fornecidos por Ana Paixão, a Casa de Portugal acolhe actualmente mais de uma centena de estudantes de 32 nacionalidades, que frequentam em Paris cursos de pós-graduação, com prioridade para as disciplinas artísticas. É também um dinâmico centro cultural, que promove mais de uma centena de realizações por ano, entre exposições, concertos, conferências, sessões de cinema, etc..

Associação Cap Magellan
7, Av. de la Porte de Vanves (14.º Bairro)

Entre as dezenas de associações originárias na comunidade luso-descendente, uma das mais conhecidas é a Cap Magellan, situada numa zona já quase suburbana a sul da cidade, conhecida pela sua “feira da ladra”. Fundada em 1991, reúne membros das novas gerações e de lusófilos em volta do nome de Fernão Magalhães, a dar o sinal de cosmopolitismo que a enforma. A sede fica num anónimo edifício de escritórios — que aloja também a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara de Comércio e da Indústria Portuguesa.

A Cap Magellan edita uma publicação mensal, Le Journal des Lusodépendents, e promove inúmeras iniciativas: concursos para projectos associativos, concertos, exposições e até um rally paper anual a percorrer os lugares “portugueses” da cidade.

Toponímia e arte pública

Av. des Portugais (16.º Bairro)

Rue de Lisbonne (8.º Bairro)

Rue du Taje (13.º Bairro)

São três vias sem grande história, pelo menos assinalada, no mapa parisiense. As suas denominações decorrem das relações bilaterais entre os dois países e as duas cidades. A Avenida dos Portugueses, baptizada em 1918 e localizada junto ao Arco do Triunfo, se tem a largura que se espera de uma avenida parisiense, pouco mais tem de extensão (55 metros).

O nome da Rua de Lisboa vem já do século XIX, e a artéria foi sede do atelier do arquitecto e decorador Jacques-Émile Ruhlmann, cujo Hôtel du Collectionneur marcou sobremaneira a Exposição de Artes Decorativas de Paris em 1925, que viria a dar origem ao movimento art déco. (As criações de Ruhlmann tiveram uma grande influência na decoração da Casa de Serralves do Conde de Vizela, no Porto).

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