Fugas - Viagens

  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério do Prado Repouso
    Cemitério do Prado Repouso Fernado Veludo/NFactos
  • Cemitério do Prado Repouso
    Cemitério do Prado Repouso Fernado Veludo/NFactos
  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério Père-Lachaise
    Cemitério Père-Lachaise Joel Saget/AFP
  • Cemitério Père-Lachaise
    Cemitério Père-Lachaise Jim Urquhart/Reuters
  • Forest Lawn Memorial Park
    Forest Lawn Memorial Park Mark Ralston/AFP
  • Cemitério Feliz
    Cemitério Feliz Bogdan Cristel/Reuters
  • Cemitério Central
    Cemitério Central Lisi Niesner/Reuters
  • Cemitério de St Mary
    Cemitério de St Mary Petr Josek Snr/Reuters
  • Cemitério Highgate
    Cemitério Highgate Cathal McNaughton/Reuters

Continuação: página 10 de 12

As cidades dos mortos são lugares vivos de cultura

Mas os vienenses de 1870 não viram com bons olhos a construção do cemitério num local tão afastado da cidade, por isso foi criada a área das “campas honorárias”, agora parte da história cultural de Viena, onde até há poucos anos eram sepultadas figuras públicas.

Na altura, muitos famosos foram trasladados para aqui e destes muitos foram músicos – se Viena é a capital da música clássica, a secção chamada precisamente “campas honorárias” (Ehrengräber) é a sua capital post-mortem: Beethoven, Schubert, Gluck, Brahms, Strauss (pai e filho), Schönberg, Salieri, entre outros, encontram-se aqui; Mozart tem direito a um cenotáfio aqui, uma vez que o seu corpo, enterrado numa vala comum, nunca pôde ser recuperado.

Entre os monumentos funerários deste cemitério, existe uma cripta presidencial, nas traseiras da igreja central, esta construída em estilo Arte Nova e ponto de encontro de uma galeria neo-renascentista que alberga um columbário com 36 criptas.

Albergando dois cemitérios judeus (o velho e o novo, sendo que o primeiro foi destruído pelos nazis mas 60 mil campas sobreviveram) e um protestante, secções muçulmanas e ortodoxas, o cemitério recebe ainda o Parque da Paz e Poder, um jardim estruturado segundo as tradições da geomancia para proporcionar um ambiente de reflexão em harmonia com as forças da natureza.


Os curiosos

Forest Lawn Memorial Park (Glendale, EUA)

Estamos em Los Angeles por isso não surpreende que a morte seja também um negócio. O Forest Lawn Memorial Park é um verdadeiro showbusiness: mais do que um cemitério poderia ser visto como um parque temático com museu (com uma das maiores colecções de vitrais da América do Norte e que acolhe exposições temporárias que já trouxeram Matisse, Goya e Rembrandt, entre ouros), cópias de esculturas de Miguel Ângelo (na verdade, toda a colecção, em tamanho real), jardins formais e grandes relvados, lagos com cisnes e, claro, muitas celebridades de Hollywood.

Na verdade, é o cemitério com mais estrelas de cinema sepultadas, ainda que muitas delas estejam em recantos inacessíveis ao público, como Humphrey Bogart, sepultado num pequeno jardim murado. De qualquer forma, quem quer procurar famosos tem de ir com a lição preparada porque mesmo com mapa não é fácil encontrar as campas das estrelas, entre elas muitas da Idade de Ouro de Hollywood, como Clark Gable, Carole Lombard, Jimmy Stewart, Errol Flyn, Jean Harlow, Spencer Tracy, Sammy Davis Jr, Robert Taylor, Walt Disney… Mais recentemente foi aqui enterrado Michael Jackson, numa área de acesso restrito.

Privado, o cemitério foi inaugurado em 1906 mas foi em 1917 que começou a ganhar a forma que hoje mantém, de “parque memorial”, com campas sem lápides, grandes relvados, árvores, fontes. Numa das suas capelas casaram-se, em 1940, Ronald Reagan e Jane Wyman.

 

Cemitério Feliz (Sapânta, Roménia)

Poderia ser mais uma das muitas aldeias perdidas na Roménia, mas o seu cemitério faz de Sapânta, cinco mil habitantes, uma atracção turística. Afinal, não será muito habitual encontrar um “Cemitério Feliz” (Cimitirul Vesel). Num entorno rural, não se encontram aqui mausoléus ou jazigos, nem sequer as lápides mais vulgares.

--%>