Fugas - Viagens

  • Cemitério dos Prazeres
    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
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    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
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    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
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    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
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    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério do Prado Repouso
    Cemitério do Prado Repouso Fernado Veludo/NFactos
  • Cemitério do Prado Repouso
    Cemitério do Prado Repouso Fernado Veludo/NFactos
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    Cemitério dos Prazeres Daniel Rocha
  • Cemitério Père-Lachaise
    Cemitério Père-Lachaise Joel Saget/AFP
  • Cemitério Père-Lachaise
    Cemitério Père-Lachaise Jim Urquhart/Reuters
  • Forest Lawn Memorial Park
    Forest Lawn Memorial Park Mark Ralston/AFP
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    Cemitério Feliz Bogdan Cristel/Reuters
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    Cemitério Central Lisi Niesner/Reuters
  • Cemitério de St Mary
    Cemitério de St Mary Petr Josek Snr/Reuters
  • Cemitério Highgate
    Cemitério Highgate Cathal McNaughton/Reuters

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As cidades dos mortos são lugares vivos de cultura

Foi em torno deste mausoléu, junto do qual se encontram as lápides de senhores feudais e monges importantes que quiseram ficar o mais próximo possível de Kukai para ter a certeza de que encontrariam a salvação, que se desenvolveu o cemitério de Koyasan, originalmente o centro da seita budista de Shingon e actualmente Património da Unesco graças aos seus mais de cem templos.

O cemitério tem uma aura espiritual, sobretudo quando se corre o trilho principal – os dois quilómetros empedrados que atravessam a floresta de cedros, unindo o portão principal, “a primeira ponte”, até ao mausoléu. Depois da última ponte, as luzes de milhares de lanternas recebem os visitantes-peregrinos – diz a tradição que duas dessas lanternas estão acesas desde o século XI – e só depois destas surge o mausoléu, discreto, em madeira clara.

No cemitério, túmulos seculares convivem com outros mais modernos, com lápides, no mínimo, originais: desde naves espaciais gigantes a chávenas, até ao monumento construído por uma companhia de pesticidas para homenagear as suas vítimas, os insectos. São várias as empresas que mantêm monumentos no cemitério para lembrar antigos trabalhadores – e incluem caixas de correio para os empregados deixarem o cartão de negócios.


Cemitério de St Mary (Whitby, Inglaterra)

Entre 1890 e 1896, Whitby, no Yorkshire, teve um veraneante especial, o escritor Bram Stoker, que na sua obra mais famosa colocou a cidade na rota literária. Drácula, um dos mais emblemáticos romances góticos, terá sido imaginado nesta cidade costeira do Norte da Inglaterra, na qual uma placa num banco de jardim assinala o local onde o escritor perdia horas a olhar a paisagem e, diz-se, a tirar notas para o livro

Há, na verdade, pelo menos duas cenas-chave que estão intimamente ligadas a Whitby: primeiro, o naufrágio da escuna russa, “Demeter”, que transportava o conde da Transilvânia e que foi inspirado por um naufrágio real nestas paragens; depois, a cena em que Drácula ataca Lucy Westernra foi ambientada no cemitério da igreja de St. Mary.

O cemitério actual pouco terá mudado desde os tempos em que Stoker passou por aqui. Fechado a enterros desde 1865, tem uma posição privilegiada sobre a cidade e o mar, um grande “jardim” polvilhado de lápides escurecidas, tutelado pela igreja de St. Mary, construída em 1110, e com várias alterações posteriores, e pelo fantasma das ruínas da abadia, pouco mais do que paredes grandiosas. O cenário oscila entre o bucólico diurno e o assombrado nocturno e não precisava de Drácula para ter este efeito. Mas por ser o “cemitério do Drácula” é local de romarias góticas e muito procurado no Halloween.

 

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