Fugas - Viagens

  • Lisboa, Fronteira
    Lisboa, Fronteira Daniel Rocha
  • Porto, Serralves
    Porto, Serralves Paulo Pimenta
  • Porto, Serralves
    Porto, Serralves Paulo Pimenta
  • Sintra, Regaleira
    Sintra, Regaleira Enric Vives-Rubio
  • Sintra, Regaleira
    Sintra, Regaleira Enric Vives-Rubio
  • Sintra, Montserrate
    Sintra, Montserrate Enric Vives-Rubio
  • Sintra, Montserrate
    Sintra, Montserrate Enric Vives-Rubio
  • Lisboa, Gulbenkian
    Lisboa, Gulbenkian Daniel Rocha
  • Lisboa, Gulbenkian
    Lisboa, Gulbenkian Daniel Rocha
  • São Miguel, Terra Nostra, jardim e piscina termal
    São Miguel, Terra Nostra, jardim e piscina termal João Silva
  • São Miguel, Terra Nostra
    São Miguel, Terra Nostra DR
  • Madeira, Jardins da Quinta do Palheiro
    Madeira, Jardins da Quinta do Palheiro DR
  • Mosteiro de Tibães
    Mosteiro de Tibães Adriano Miranda
  • Quinta da Aveleda
    Quinta da Aveleda Nelson Garrido
  • Quinta da Aveleda
    Quinta da Aveleda Nelson Garrido
  • Parque das Pedras Salgadas
    Parque das Pedras Salgadas DR
  • Parque das Pedras Salgadas
    Parque das Pedras Salgadas DR
  • Enric Vives-Rubio

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Jardins de Portugal, as mais belas paisagens verdes

Começamos a visita no chamado “patamar dos deuses”, com nove figuras da mitologia grega e romana: “O nove simboliza o final de um ciclo e o início de outro. A iniciação é isso, implica sempre a morte e o renascimento”, diz Rui Felizardo, estabelecendo um paralelismo com os nove meses de gestação.

O jardim é uma viagem “interior”, de autoconhecimento, entre “a matéria e o divino” que nos leva de regresso “ao início, à origem”. O cenário, ilustra o guia, “tem drama, atmosfera, ilusão”. Há caminhos estreitos que nos convidam a andar e perdermo-nos sozinhos. Na Gruta do Labirinto, por exemplo, há um jogo entre sombras e luz, que nos desafia a “olharmos para dentro de nós”.

Em frente à Fonte da Regaleira, ou da Abundância, existe um banco em semicírculo com um trono no meio e uma mesa que parece um altar. O local sugere um tipo de reuniões que virá das ordens monásticas e um lugar de admissão de um novo candidato.

Deve visitar-se ainda o poço imperfeito, propositadamente inacabado. As escadas não vão dar a lado algum, o que sugere que, para chegar aos céus, o ser humano deve, em vez de subir, descer ao seu interior, explica Rui Felizardo. O coração da quinta — que teve no ano passado cerca de 400 mil visitantes — é, porém, o poço iniciático, para o qual se entra através de uma porta giratória de pedra. Tudo o que o guia foi descrevendo está ali simbolizado: “É descer ao interior da terra, de nós.” A saída do poço, que tem 139 degraus, é feita em direcção à luz e à água. Caminha-se sobre pedras, em cima da água: “É o renascer.”
(Maria João Lopes)

Quinta da Regaleira. 2710-567 Sintra. Tel.: 219 106 656; reservas: 219 106 650. www.regaleira.pt 
A Quinta da Regaleira tem várias modalidades de visita. A visita, sem guia e de mapa na mão, é gratuita apenas para crianças até aos oito anos. A partir daí, os preços oscilam entre os três e os 18 euros. Há ainda as visitas guiadas, que também têm diferentes modalidades — podem ser gerais, especializadas, temáticas, havendo ainda diferentes pacotes. Têm horários específicos, número mínimo e máximo de participantes e preços diferentes (podem ir de cinco euros até 100). A quinta tem uma programação cultural que inclui, por exemplo, espectáculos à noite. Se não quiser ir de carro, pode optar pelo comboio para chegar a Sintra. 

Parque Terra Nostra, um ex-líbris em São Miguel

Tem mais de 200 anos e é um dos ex-líbris de São Miguel, visita indispensável na maioria dos roteiros turísticos pela ilha açoriana. Foi criado por volta de 1775, quando Thomas Hickling, um abastado comerciante que tinha sido cônsul dos Estados Unidos naquela ilha, comprou uma pequena propriedade com pouco mais de dois hectares, onde construiu uma casa de madeira e, defronte, um tanque de água rodeado de árvores. Hoje, ainda é possível observar um carvalho inglês que terá sido plantado por Hickling e tomar banho no tanque com uma ilha no meio, entretanto transformado numa larga piscina de água férrea, quente e opaca.

O edifício, conhecido por Yankee Hall, foi substituído pela actual Casa do Parque em 1854, oito anos depois de ter sido comprado pelo Visconde da Praia, que aumentou os jardins com cursos de água, lagos, alamedas sombrias, tabuleiros de flores e espécies exóticas. Em 1935, o grupo Bensaude inaugurava o Hotel Terra Nostra e, pouco depois, adquiria o jardim adjacente, recuperando-o e expandindo-o para os actuais 12,5 hectares.

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