Fugas - Viagens

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Cuba: Jogo de sombras (mais o sol das Caraíbas)

“O futuro é agora”

Voltamos a Havana Velha e Havana Centro, os municípios da cidade onde os turistas mais facilmente “se perdem” e onde andar a pé é um imperativo, não importa os bicitáxis e os coches que apareçam. Porque há uma escala humana nesta Havana que se mostra grandiosa e decadente como uma velha aristocrata arruinada, sem nos dar tempo de respirar. Aproximamo-nos da Praça da Catedral e o casario vai ganhando vida — quando estamos dentro dela, a recuperação é irrepreensível, com a pedra gasta mas as formas conservadas nas fachadas pétreas da sé (onde ao domingo se reza missa) e dos palácios que a rodeiam (de um deles, uma esplanada transborda para o rectângulo); saímos por outro lado e encontramos La Bodeguita del Medio em rua da Havana arruinada, gasta e desgastada. Porém, algo é evidente: vive-se na Havana histórica. 

Se na Plaza Vieja encontramos uma multidão de crianças a correr como se esta fosse um estádio é porque a praça também é uma extensão da escola que ali existe — como o espaço é escasso, a educação física vem para a rua. E se no parque da Plaza de Armas nos deparamos com grupos de crianças debruçadas sobre maquetes, uma mão na terra e outra pintada, é outra escola, desta feita em oficinas de criação.

E enquanto prossegue a vida de sempre, vão proliferando os hostals (hotéis de charme em edifícios históricos), abrindo restaurantes da moda (como a cervejaria que abriu num antigo armazém de tabaco e madeira no porto e que poderia estar em Amesterdão, meca da reinvenção), desenvolvendo-se pequenos negócios onde os empresários já pagam impostos e inventando-se pairings de charutos com comida ou rum, como em La Floridita. Mas haverá quem peça champôs e sabonetes, quem continue a vender o Granma e o Juventud Rebelde pela rua, quem tenha o timbiriche (quiosques ambulantes) numa esquina para vender cocos, gelados, fruta ou o chibirico, um doce à base de milho que é uma instituição — e uma delícia. E haverá quem, como Indira, estude de manhã línguas estrangeiras e à tarde esteja a vender na Feira de Artesanato com um galo de Barcelos no fundo, presente de turistas portugueses. Para todos, “o futuro é agora”, como diz Daniel Aties. E porque quando se fecha uma porta, abre-se uma janela, em Havana parece que abrir janelas é um modo de vida.

Feira de Turismo de Cuba

Decorreu no início de Maio a 24.ª edição da FITCUBA (Feira Internacional do Turismo de Cuba) que este ano foi dedicado a Havana como “destino turístico completo” por excelência e à modalidade de circuitos assumida como a melhor forma de conhecer o país. Reconhecendo a importância do turismo no desenvolvimento do país, o ministro do Turismo cubano, Manuel Marrero, assumiu, na abertura do certame, a vontade do país de continuar a diversificar os mercados, apostando por isso no incentivo do investimento estrangeiro para melhorar a quantidade e qualidade da oferta aos turistas, e no desenvolvimento do turismo não estatal, reflectido sobretudo na abertura de paladares e hostales.  Com a aposta nos circuitos que estão a ser implantados no país, o governo cubano espera criar mais facilidades de movimentos dos visitantes na ilha e permitir-lhes conhecer uma “Cuba mais autêntica” (novo slogan turístico) e mais próxima dos seus interesses: seja a Cuba das praias, a da natureza, a das cidades históricas, a do café. Ao mesmo tempo, sublinhou o ministro, a nova política migratória vai permitir a saída de mais cubanos para férias no estrangeiro, o que poderá ser um estímulo para o aumento de ligações aéreas com o resto do mundo.

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